Transversal associações entre o auto-relato de horas de televisão (TV) de visualização por dia e fatores de risco cardiovascular foram avaliados em um biracial (preto e branco) estudo da população de 4280 homens e mulheres, com idades entre 23 a 35 anos, passando por ano-5 exame de seguimento para o Risco Cardiovascular de Desenvolvimento em Adultos Jovens (CÁRDIA) estudo realizado em 1990 para 1991. O número de horas de visionamento de TV por dia era mais elevado em negros do que em brancos e era inversamente associado com a instrução e a renda. Em relação aos telespectadores” leves “(0 a 1 h/d), os telespectadores” pesados”(⩾4 h/d) tinham uma maior prevalência (P < 0,05) de obesidade, tabagismo e alta pontuação de hostilidade em todos os grupos de raça/gênero, e de inatividade física em todos os grupos, exceto homens negros. Entre os brancos, os telespectadores “pesados” tiveram maior pontuação de depressão, e entre os negros, relataram mais uso de álcool. A visualização na TV não foi associada a hipertensão e alterações lipídicas. A visualização de TV pesada é um comportamento modificável que está associado com o aumento da prevalência de vários fatores de risco cardiovascular.